Há momentos que, na vida, pensamos em olhar atrás,
É preciso pedir ajuda para poder continuar.
E clamamos o nome de Jesus
E clamamos o nome, o nome de Jesus,
Ele nos ajuda a carregar a cruz.
Silas Furtado, Kadoshi
Aos 9 anos de idade eu fui pela primeira vez apresentado a Jesus. Eu estava na minha antiga igreja local Presbiteriana do Brás. No entanto, foi aos meus 16 anos de idade que eu senti um “chacoalhão” dentro de mim e um borbulhar de fé começou a crescer e crescer…
O Evangelho começou a tomar outra dimensão no meu ser. Jesus “A Boa Notícia”. Jesus o Evangelho. Jesus, o Deus encarnado que se fez gente e se vestiu de carne e sangue. Jesus, não das escolas dominicais e dos cultos de domingo a noite, mas o Jesus de experiências pessoais e reais se fundiu e se imiscuiu com o meu dia a dia. Eu jamais seria o mesmo a partir daquele momento. Eu sabia…
De maneira que músicas como a do Silas Furtado da banda Kadoshi, conhecidos na década de 90 ainda como Atos 2, foram músicas que marcaram a minha caminhada. Bandas como Atos 2, Resgate, Rebanhão e outras tantas da década de 90 fizeram com que o Evangelho e a música tomassem um lugar especial no meu coração.
Ora, naqueles dias eu jamais diria e saberia quantos hiatos a vida estava me preparando e esperando por mim. Foram muitos. Eu vivi vários hiatos. Alguns longos. De fato, eu fiz valer aquilo que eu cantei na minha pós adolescência e juventude, pois “há momentos que na vida pensamos em olhar atrás”. Poderia inumerar e contar momentos que preferi e escolhi ficar sozinho. Poderia inumerar momentos que fiquei sozinho, pois não tinha outra escolha, não encontrei amigos ainda que os que diziam ser amigos, assim não eram e se foram. Poderia inumerar momentos que anjos humanos desconhecidos e sempre conhecidos me visitaram para me ajudar. Poderia dizer de momentos que a minha vida se tornou a minha oração e a minha oração era a minha própria vida. Poderia contar e seguir contanto quantas vezes eu clamei e clamei…
Clamei pelo nome de Jesus para continuar a caminhar na jornada desta existência.
Hoje, aos 38 anos de idade, olho atrás mas com um outro olhar. Não que talvez eu não passe por outros hiatos. A vida é imprevisível. A vida nos mostra caras feias muitas vezes. A vida nos visita com o infortuito quando menos esperamos. Todavia, olho para trás e vejo que até aqui o Senhor me ajudou. De modo que meu olhar para trás me fortalece. Meu olhar para trás me anima. Meu olhar para trás me ensina que todas as vezes que clamei pelo nome de Jesus. O nome poderoso e santo de Jesus. Ele me ajudou a carregar a cruz.
Olho para trás e vejo como sempre tudo cooperou para o meu bem – as coisas boas e as nem tanto. Olho para trás e vejo Deus pela sua infinita graça me moldando, me acrisolando como se acrisola a prata, formando-me e purificando-me, treinando-me e empurrando-me para fora a fim de que eu crescesse e desenvolvesse músculos e brotasse no meu ser uma resistência para correr. Correr a maratona da fé. Correr a São Silvestre da vida. Correr e não correr em vão…
Talvez você agora mesmo esteja olhando para trás. Talvez agora mesmo você esteja sendo tentado em desistir. Talvez agora mesmo você esteja dizendo que não vale a pena seguir. Então, é hora de você com todo o teu coração e fé, devoção e sinceridade clamar pelo nome de Jesus. Ele te ajudará a carregar a cruz…
Com todo carinho e saudades. No entanto, com alegria de viver no presente o presente da graça de Deus.
Fábio